Bienal do Livro 2022 – uma experiência mais que literária!

por Debora Alves

Minha expectativa era grande! Há mais de década não ia a uma Bienal. Estava ansiosa pelos lançamentos, pelos estandes, por tudo o que ia ver. Eram 182 expositores e mais de 500 selo editoriais! Eu estava doida para ver tudo isso!

Primeiro dia

Primeiro dia de Bienal. Achamos (levei meu mais velho comigo) que tínhamos chegado cedo, mas 9h30 já era tarde para esse evento tão esperado. A fila tinha mais de 400 metros. Foi cansativo, mas não tanto quanto para quem chegou depois. Li que as pessoas esperaram 2 horas em fila para entrar na Bienal.

Enfim, entramos. Tudo lindo, uma energia de retomada, de felicidade por um evento literário que não acontecia presencialmente há 4 anos.

Os expositores capricharam na montagem dos espaços. Tinham cenários, personagens, atrações, experiências sensoriais.

Destaco a Editora Rocco, com um estande que parecia um castelo mágico, a Companhia das Letras, com um visual lindo, minimalista, e a editora Toda Via que estava distribuindo gratuitamente pequenos livretos com trechos, amostras, dos livros – amo porque você pode ter o contato com a obra e decidir se quer ou não comprar.

A Panini, conhecida pelos álbuns de figurinhas, quadrinhos e mangás, também caprichou no espaço super concorrido.

Nesses lugares, compramos um ou dois livros que realmente despertaram paixão porque os preços estavam “normais”, preços que encontramos em livrarias ou e-commerces do setor.

Compramos mais títulos na Ciranda Cultural. Eram títulos consagrados da literatura brasileira e estrangeira a 15 reais cada um. E, se você se cadastrar no site, tem mais 10% de desconto. Comprar Machado de Assis, Raul Pompeia, Tolstoi, Dostoieviski, Turguêniev e Jane Austen a R$ 13,50 foi muito bom!

Os estandes estão muito bem distribuídos no espaço e, no centro da Bienal, há uma praça de alimentação bastante diversificada, de salada de fruta a churros, passando por hamburguer, pastel, brigadeiro, temaki, crepe, raspadinha, açaí e pipoca. Um restaurante self service também está aberto aos visitantes no segundo piso.

Às 14h00 os estandes começaram a ficar lotados, andar pela Bienal já não era tão tranquilo. Resolvemos ir embora. Depois fiquei sabendo que lotou ainda mais e que, à noite, estava impraticável.

Isso tem a ver com o fato de ter sido um final de semana, um sábado ensolarado. Acredito que, durante a semana, tudo estará mais tranquilo.

 

Segundo dia, visitas pontuais

No segundo dia, fui ainda mais cedo, sozinha. Cheguei às 9h10 (abria às 10h). Peguei menos fila, mas, ainda assim, o suficiente para demorar 20 minutos para conseguir entrar depois que abriram os portões.

No segundo dia, já sabia quais espaços seriam mais concorridos, onde queria ir e priorizei estandes que não tinha conseguido entrar no dia anterior.

Entrei, visitei, comprei os dois lançamentos que eu mais queria, a biografia da Viola Davis e o A fantástica vida breve de Oscar Wao, vencedor do prêmio  Pulitzer de 2008 (a tradução em português é lançamento).

Logo saí porque domingo parecia que ia encher mais do que sábado e, pelo que li nos jornais, foi isso mesmo.

Valeu?

Super valeu a pena! Eu adorei a experiência, fazer parte da celebração da leitura, estar cercada por milhares de livros, olhar todas as novidades, manusear as coleções maravilhosas vendidas em formato “box”, comprar alguns títulos que namorava de longe, apresentar esse universo ao meu filho que nunca tinha ido a um evento assim. Super valeu! Iria de novo e de novo!

Embora não tenha conseguido ver nenhuma das palestras que me interessavam – porque isso exigiria ficar em outras longas filas – eu adorei o evento.

Como eu disso, acredito que durante a semana vá estar mais tranquilo.

Dicas

Vá com uma roupa confortável e um tênis. Você vai ficar muitas horas em pé e andando. Leve água na mochila – custa muito mais caro lá dentro.

Se puder, vá em dia de semana. Mais tranquilo, menos gente.

Se for de fora de São Paulo, aproveite para visitar outros lugares na capital.

No domingo à tarde, formos ao MASP. Acontece até dia 31/7 a exposição Volpi Popular, com obras de Alfredo Volpi (Lucca, Itália, 1896 – São Paulo, 1988) e tem como foco o contínuo interesse do artista por imagens, narrativas e personagens da cultura popular brasileira. Visite também o acervo permanente, um show à parte.

Informações sobre a Bienal

A Bienal acontece de 2 a 10 de julho no Expo Center Norte. Ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Você encontra todas as informações em nosso blog neste link.

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