SPFW 2021 valorizou a equidade racial e o empreendedorismo

Entre os dias 23 e 27 de junho aconteceu a edição 51 da São Paulo Fashion Week, o evento foi totalmente online e contou com a participação de 43 marcas. A SPFW 2021 valorizou a equidade racial e o empreendedorismo, uma iniciativa fundamental para tornar o cenário da moda brasileira mais plural.

Um passo importante foi a criação do Projeto Sankofa, coletivo de coautoria do movimento Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO (Vetor Afro-indígena na Moda) cujo objetivo é “racializar” o cenário da moda brasileira, tornando-o mais inclusivo. Para isso levou oito marcas de pessoas pretas e indígenas às passarelas virtuais do SPFW 2021. São elas: Atelier Mão de Mãe, AZ Marias, Mile Lab, Meninos Reis, Naya Violeta, Santa Resistência, Silvério e Ta Studios.

Além de se apresentarem nessa edição, terão participação garantida nas duas próximas SPFW. O apoio não para por aí, receberão suporte de marcas madrinhas e assistência de advogados, publicitários e psicólogos, oferecendo oportunidades e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento de cada uma das marcas.

Tendências da SPFW 2021

Glamour, moda sem gênero, handmade e sustentabilidade são algumas das tendências que apareceram com muita força na SPFW 2021.

Glamour e cores vibrantes

Como borboletas que saem do casulo após um longo período de metamorfose, algumas coleções apresentadas na São Paulo Fashion Week são exuberantes e glamourosas, com cores vibrantes, volumes e mangas bufantes ao melhor estilo “chega de tristeza”. Esse é o caso da Neith Nyer que buscou inspiração no filme” Super Xuxa Contra o Baixo Astral” para esbanjar otimismo nas passarelas virtuais. Em seu desfile apresentou shortinhos jeans, vinil, meia-calça, e claro, botas, inclusive as brancas, uma particularidade da rainha dos baixinhos. A Mile Lab lançou a coleção Baobá inspirada nas celebrações da Umbanda com muita renda e babados. A Meninos Rei apresentou padronagens muito coloridas e únicas, resultados de um patchwork complexo, feito com tecidos africanos cheios e simbologia.

Moda sem gênero

A moda sem gênero, ou genderless, ganhou ainda mais força nessa edição da SPFW, coleções pensadas de forma livre que deixam as pessoas a vontade para usar as roupas da maneira que quiserem.  É o caso da Led, grife do estilista Célio Dias, que apresentou peças confeccionadas com o mais novo lançamento da Pingouin, o fio Greta. Nessa mesma linha, vimos a TA Studios, que cria coleções plurais e sem gênero, assim como a Esfér, primeira marca de joias a participar do SPFW.

Valorização do Handmade e traços culturais brasileiros

A valorização do handmade também marcou presença, destaque para o Ronaldo Fraga com a coleção Terra de Gigantes, produzida na região do Cariri Cearense, trouxe peças de linho e ricos bordados. Inspirado nos Museus Orgânicos, projeto desenvolvido pelo Sesc Ceará em parceria com a Fundação Casa Grande, propõe um resgate dos traços culturais brasileiro.

As roupas atemporais e impactantes feitas em tricô e crochê com fios Pingouin pelo Ateliê Mão de Mãe esbanja criatividade e, ao mesmo tempo traz aquele afago das peças artesanais.

Preocupação com a sustentabilidade

Um bom exemplo de preocupação com sustentabilidade é a estreante Renata Buzzo, marca vegana que usa o conceito slow fashion e reaproveita os resíduos da produção para confecção de outras peças. AZ Marias tem como essência padrões de produção sustentáveis, suas criações são para mulheres de corpos reais, mostrou peças coloridas inspiradas na figura da rainha guerreira Nzinga a Mbande, símbolo de resistência ao colonialismo português no século XVII, e em artistas africanos contemporâneos.

Pingouin na São Paulo Fashion Week 2021

Através da parceria com as marcas Led e Ateliê Mão de Mãe, a Pingouin marcou presença na São Paulo Fashion Week 2021. Mostrando sua vocação de marca inovadora, acompanhando as tendências de moda sem perder a sua essência afetuosa.

SPFW 2021 divisor de águas

Esse importante movimento para empretecer a moda brasileira, trouxe mais pluralidade e um olhar diferente que só enriquece o cenário fashion e, no final, todos ganhamos.

Muitas dessas marcas estreantes, trazem em seu DNA a sustentabilidade, sejam na maneira de produzir, através do upcycle ou da criação de coleções atemporais, outra bandeira importante para o nosso planeta. Também vimos vários movimentos que valorizam os trabalhos manuais e a nossa identidade cultural, enaltecendo a arte e o artesanato que estiveram sempre presentes em nossas vidas, trazendo um olhar carinhoso para a moda.

Que essas tendências perpetuem e gerem cada vez mais oportunidade para marcas novas e cheias de propósitos!

O que você achou das novidades da SPFW2021? Qual tendência você mais gostou?

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